Saúde

Infectologista da Santa Casa de Taquaritinga (SP) fala sobre coronavírus

Mesmo com os esforços do Ministério da Saúde em conter o Covid-19 (conhecido como Coronavírus) no Brasil e impedir a transmissão da doença no território nacional, a confirmação de novos casos no país está deixando toda a população aflita sobre uma possível contaminação em massa. O avanço da nova doença e o aumento de casos suspeitos na região preocupa a população de Taquaritinga (SP) com a possibilidade do vírus chegar à cidade nos próximos dias.

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De acordo com o médico infectologista da Santa Casa de Taquaritinga (SP), Daniel Marcio Elias de Oliveira, ainda não há motivo para pânico e a unidade hospitalar está devidamente orientada caso receba um paciente com suspeita da doença. “Temos um protocolo do Ministério da Saúde e elaboramos um fluxograma que deve ser seguido pela equipe médica. O paciente com os sintomas da doença será atendido com prioridade, recebendo uma máscara descartável e sendo direcionado a uma sala específica”, disse em entrevista ao Jornal Tribuna.


O médico ainda enfatiza que o aumento de casos confirmados no Brasil, principalmente em São Paulo, não muda a conduta do tratamento dos pacientes, denominado de ‘suporte’, para dar condições para que o próprio organismo da pessoa se recupere. A pessoa com suspeita da doença será atendida prioritariamente conforme a orientação protolocar; os casos considerados fora da zona de risco (pessoas que não possuem doenças crônicas e com menos de 60 anos) serão direcionados para segmento domiciliar, sendo “monitorado” em sua residência durante os quatorze dias de recuperação. Os pacientes somente serão hospitalizados se possuírem um quadro de saúde considerado grave, de acordo com avaliação médica.


“Temos que saber diferenciar que é um enfermo com suspeita de coronavírus. O quadro se assemelha a uma gripe comum, por isso é importante identificar se há o vínculo epidemiológico e analisar os casos individualmente. Ainda não sabemos o comportamento do vírus no Brasil, pois estamos em uma época de calor por aqui, mas ao que tudo indica, a propagação deve ser menor do que aconteceu na China, epicentro da doença,“, explica.


Atualmente, as definições de caso suspeitos são baseados nos seguintes termos:


Situação I: Febre e um sinal (ou sintoma) respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros), além de histórico de viagem para área de transmissão local ou sustentada (de acordo com a OMS), nos 14 dias anteriores ao aparecimento de sinais ou sintomas;


Situação II: Febre e um sinal (ou sintoma) respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros), além de histórico de contato próximo com um caso suspeito do Covid-19 nos 14 dias anteriores ao aparecimento de sinais ou sintomas;


Situação III: Febre ou um sinal (ou sintoma) respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros), além de contato próximo com um caso confirmado em laboratório de Covid-19 nos 14 dias anteriores ao aparecimento de sinais ou sintomas;


O contato com uma pessoa suspeita ou confirmada para Covid-19 se define da seguinte forma:


I – Estar a aproximadamente dois metros do paciente, dentro de uma sala ou área de atendimento por um período prolongado enquanto não estiver usando equipamento de proteção individual recomendado. O contato próximo também pode incluir a moradia, o cuidado e a visita ao enfermo, além de compartilhar uma área ou sala de espera;


II- Ter contato direto com secreções enquanto não estiver usando equipamento de proteção individual recomendado.


O médico enfatiza que as medidas de contenção estão sendo aplicadas para precaver o aumento do número de casos em um curto espaço de tempo e evitar que o sistema de saúde brasileiro fique comprometido, além de salientar a importância de se analisar os dados divulgados na imprensa com frieza. “Os números apontam uma situação critica, mas a humanidade já passou por outras pandemias com maior gravidade, como a da Influenza (H1N1) em 2009. Há de se ter cautela e praticar todas as formas de prevenção orientadas para que consigamos enfrentar essa situação com serenidade e sem pânico”, finaliza.


(Foto: Santa Casa de Jaú/SP)

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