CAT estreia com derrota nas oitavas de final da Segundona
Terceira derrota consecutiva acende sinal de alerta pelos lados do Taquarão

Depois de ter conquistado sua classificação para as oitavas de final do Campeonato Paulista da Segunda Divisão Sub23 com três rodadas de antecedência, a equipe do Clube Atlético Taquaritinga caiu vertiginosamente de produção e, não bastasse ter perdido as duas últimas partidas da primeira fase, o Leão da Araraquarense começou com o pé esquerdo o quadrangular das oitavas ao ser derrotado pelo Flamengo na cidade de Guarulhos por 2×0, na manhã/tarde do último domingo.
Sem o meio campo competitivo das rodadas anteriores, quando os médios volantes Igor Feijão e Cássio Sorriso cadenciavam o jogo com desarmes precisos, saída rápida para os contra ataques e uma boa cobertura das laterais, o CAT sofreu em Guarulhos. Feijão desfalcou o CAT por estar contundido e Sorriso por cumprir suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo recebido contra o XV em Jaú.
Não se sabe o teor da gravidade da lesão de Feijão, mas o atleta está há mais de 20 dias sem atuar e sem ele, queiramos ou não, as coisas ficam mais difíceis para o CAT. Sem ele, desde que goleou o Fantasma da Mogiana lá em Batatais por 4×1, que o CAT só perde.
Difícil também é entender o motivo que fez o treinador Valmir Israel, mesmo sabendo que Sorisso tinha dois cartões amarelos, colocá-lo em campo contra o XV num jogo que só serviu pra cumprir tabela. Resultado: perdeu o jogo e de quebra um dos seus melhores jogadores para um jogo que realmente importava.
Diante de tamanha vulnerabilidade no setor de meio campo no jogo de Guarulhos, é difícil entender porque o treinador cateano sacou o volante Dener no intervalo da partida. A mexida desguarneceu a cabeça de área, já que Dener era o jogador que mais marcava, enquanto Simas, embora técnico para armação, é por demais delicado para o combate.
Se a substituição se deu pelo fato de Dener ter recebido cartão amarelo no primeiro tempo, o raciocínio não se justifica; Se fosse assim, Sorriso nem deveria ter viajado para Jaú.
Não se justifica também a diretoria cateana fazer o esforço hercúleo que fez para contratar os reforços apontados pelo treinador, coloca-los em condições de jogo perante o BID da CBF e o treinador sequer relacioná-los para a partida. Afinal os reforços eram ou não necessários? Se não, porque pediu as contratações? Se sim, porque sequer levou os atletas para o banco de reservas?
E pra finalizar, a substituição do centroavante Alex aos 34 minutos do segundo tempo foi o suficiente para que Flamengo que parecia satisfeito com empate, se encorajar e partir o ataque. Alex prendia os zagueiros e era uma ameaça real a defesa adversária. Sem ele os mandantes fizeram o que qualquer time faz contra quem só se defende: pressão. Resultado: dois gols em 10 minutos. Depois de um inicio brilhante que rendeu elogios por esta Tribuna Esportiva ao treinador Valmir Israel, pelo simples fato de não inventar (https://www.tribunaonline.net/encaixado-cat-bate-a-francana-mantem-a-lideranca-geral-da-segundona-e-carimba-classificacao-com-3-rodadas-de-antecedencia/), o momento é de apreensão. Se por um lado é possível ver o resultado de Guarulhos como ‘normal’, por outro a luz de alerta está acesa pelos lados do Taquarão.
A solução está em Feijão e Sorriso? Não. Não está só neles! Então a culpa é do treinador? Não. Também não é só dele!
Mas o que a torcida quer ver é o mínimo de coerência desde os relacionados para o jogo até as substituições que devem guardar o mínimo de lógica.
Como os próprios boleiros dizem, ‘semana cheia para trabalhar’ então …. mãos à obra, porque domingo tá aí…