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Taquaritinguense que vive em Israel relata clima ‘pré-guerra’ no país

A pronúncia do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, após a morte do general Qassem Soleimani em decorrência de um ataque americano ao Aeroporto de Bagdá (Iraque) na madrugada de sexta-feira (3 de Janeiro) deixou o mundo todo em alerta, principalmente os países que possuem relações políticas e militares com os Estados Unidos. Em sua fala, ele afirma que haverá uma ‘severa vingança aos criminosos’ por trás do ataque. A situação ficou ainda mais crítica noite de domingo (5 de Janeiro), quando, por meio do Twitter, o regime islâmico do país promete ‘reduzir cidades de Israel a pó’ se o governo de Donald Trump lançar novos ataques.

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“Israel é o principal aliado dos EUA, é um país ocidental no Oriente Médio, não é reconhecido pelo Irã e é visto como principal inimigo iraniano. Qualquer retaliação feita pelo Irã terá Israel como Estado primeiro e vítima de alguma ação, não há dúvida. Atacar Israel é atacar, de alguma maneira, os Estados Unidos”, disse o professor Danilo Porfírio de Castro Vieira, de Relações Internacionais e Direito do Uniceub (Centro Universitário de Brasília) em entrevista ao Jornal da Record.

A equipe do Jornal Tribuna conversou com a taquaritinguense e jornalista Maristela Galati, que reside há quase dois anos em Israel, sobre a rotina dos moradores do país após a especulação do ato.

A taquaritinguense Maristela Galati reside há dois anos em Tel Aviv e disse que a população de Israel está mais ‘aliviada’ do que ‘assustada’ com a morte do general  Qassem Soleimani (Foto: Arquivo Pessoal)

Maristela disse que o atual governo já aplicou algumas medidas preventivas e a intensificação da segurança dependerá da gravidade de ameaça nos próximos dias. “O acesso de uma montanha de esqui no norte do país foi bloqueado porque quando o país sofre algum tipo de ataque, geralmente essa é primeira região atingida. Como poderia ter muita gente no local para a prática do esporte (aqui está nevando) neste final de semana, as autoridades decidiram interditar porque poderia ser um alvo”, disse.

Mesmo com o receio de que algo maior do que um simples confronto possa ser iniciado, a taquaritinguense relatou que não há preocupação aparente na população israelita. “As pessoas aqui estão mais aliviadas com a morte de Qassem Soleimani do que preocupadas com as consequências porque ele era um terrorista; um general estrategista que tinha como principal objetivo eliminar Israel. Além disso, ele comandava vários grupos terroristas em territórios vizinhos (Síria, Iraque, Líbano, Yemen e Líbia) para atacar o país.  O exército aqui está bem preparado e equipado caso haja a necessidade de confronto, então acredito que seja mais um fator para a sensação de segurança que estamos sentindo”.

Maristela tem 26 anos e, desde 2017, mora em Tel Aviv, principal centro econômico do país localizado há 60 quilômetros da capital Jerusalém. Para finalizar, ela diz se sentir segura no território onde reside e, assim como todos, espera que a situação seja resolvida sem que pessoas inocentes sejam penalizadas.

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