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Taquaritinga se despede de José Paulo Jabor, que dedicou a vida pelo serviço ao próximo

O começo da tarde de quarta-feira (7) foi especialmente triste em razão de uma notícia: o falecimento de José Paulo Jabor, aos 76 anos de idade, surpreendeu aos que sequer sabiam do problema de saúde que enfrentava havia bem pouco tempo. Os muitos amigos amealhados em sua linda trajetória tinham conhecimento de que Jabor estava hospitalizado na Santa Casa de Misericórdia, e rezavam por sua recuperação. Mas Deus o poupou de um sofrimento alongado e o recolheu na véspera de feriado de Corpus Christi. Ele, que tão bem soube conduzir sua vida conforme o que nos foi preconizado pelo Cristo, transformou a própria vida em serviço ao próximo. Ele, cujas tarefas beneméritas ultrapassaram a fronteiras da cidade que tanto amou, teve suas despedidas deste plano justamente em um dia de festa, uma festa em que se homenageia o Sacramento da Eucaristia, que para os católicos é o corpo e o sangue de Jesus – por muitos anos, na Matriz de São Sebastião, foi ministro da Eucaristia. Coincidentemente, na quinta-feira também transcorriam os 155 anos de fundação de Taquaritinga.

O TRIBUNA utiliza parte da Nota de Pesar publicada pela Câmara Municipal para traçar um perfil de Jabor, porque dela constam algumas de suas atividades: embora tenha sido registrado em Itápolis e vivido até os 12 anos no distrito de Nova América, José Paulo Jabor nasceu em Taquaritinga. Foi na casa da avó que veio ao mundo, no dia 5 de outubro de 1946, filho de Jorge Jabor Sabal e Romilda Previdelli Jabor.

Em Nova América, concluiu os estudos de 1.º grau, mas foi em nossa cidade que se formou em contabilidade pelo Colégio Dr. Aimone Salerno, onde mais tarde se tornaria professor da disciplina, de 1975 a 1989.

Na Unaerp, em Ribeirão Preto, cursou técnicas comerciais. Iniciou sua vida profissional aos 12 anos como comerciário, foi auxiliar de escritório e caixa da firma Agroindustrial Amália S/A (1963/1967), encarregado administrativo da Paoletti (1967/1970).

Montou uma loja de calçados, a Casa São Paulo, depois trabalhou na Casa Modelo e foi para o escritório do saudoso Antonio Abbud. Em 1971, fundou um escritório de contabilidade e administração de imóveis – e, mais tarde, especializado em seguros. Na administração pública, foi chefe de gabinete no primeiro ano da gestão do prefeito Milton Nadir (de 1989 a 1992).

A par de todas essas atividades, encontrou tempo para se dedicar ao chamado terceiro setor. Foi presidente do Asilo São Vicente de Paulo (entre 1971 e 1972), presidente do Serviço de Obras Sociais (1982/1984), membro do Conselho do Clube Náutico, diretor do Clube Imperial, presidente da Associação Comercial, ministro da Eucaristia, coordenador do Movimento Treinamento de Liderança Cristã (TLC), membro do Cursilho de Cristandade, diretor e coordenador da Casa Pastoral Jesus Bom Pastor, coordenador desde 1970 da Peregrinação de Leigos Cristãos (PLC), membro da Coordenação das Quermesses de São Sebastião e membro do Conselho da APAE.

Jabor ingressou no Rotary Club Taquaritinga em 30 de maio de 1984. Considerado um dos mais respeitados rotarianos do país, tendo chegado à governadoria do Distrito 4540. Era casado desde 13 de janeiro de 1973 com Maria Tereza Ferreira Jabor, com quem teve as filhas Tereza Paula, Cristiane e Marília. Sempre considerou a família como porto seguro, sempre fez questão de manter contato quase diário com as irmãs Maria Janete, Marilda e Carmem Lúcia.

O corpo desse valoroso taquaritinguense, que deixa um legado de trabalho em prol dos mais necessitados, foi velado na sede do Rotary Club a partir das 20h da quarta-feira (7) e sepultado no dia seguinte, por volta das 16h, no cemitério local. Seu exemplo de vida será seguido por muitos que trilham o ideal de servir. Como muitos se manifestaram durante as homenagens, Jabor exerceu uma autoridade serena e por isso sua memória jamais será esquecida.

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