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O Consultório e a Inteligência Artificial: Médicos e a IA Generativa

Por Marcus Rogério de Oliveira*

Continuando nossa série sobre IA para nossos profissionais de Taquaritinga, veremos neste artigo como os médicos podem utilizar essa tecnologia para apoiar vários aspectos de sua rotina profissional, desde pesquisas médicas até campanhas de saúde. A onda crescente da inteligência artificial (IA), que já apresentamos como importante fator de aumento produtividade e inspiração em vários setores profissionais, também promete não apenas facilitar a vida dos médicos, mas também apoiá-los na sua maravilhosa função de salvar vidas e também ajudá-los a aprimorar a educação continuada na área de saúde.

A formação contínua do médico é fundamental na medicina e a IA generativa pode personalizar materiais educativos, ajustando-os ao ritmo e estilo de aprendizado de cada profissional. Por exemplo, um médico que quer obter informações rápidas sobre uma doença em particular para iniciar seus estudos pode solicitar: “Descreva os sintomas, tratamentos e estudos recentes sobre Síndrome X”. A IA gerará um resumo informativo que poderá servir como base inicial em suas pesquisas mais profundas.

Quanto às campanhas de saúde pública, o médico pode utilizar a personalização para criar materiais específicos para diferentes faixas etárias ou outros grupos de pessoas. Com um prompt como: “Criar um panfleto sobre prevenção de dengue para jovens de 13 a 18 anos”, a IA generativa pode produzir um material atraente e relevante, aumentando o engajamento desse público.

A IA generativa pode também auxiliar na análise de grandes volumes de dados, gerando insights e resumos importantes. Por exemplo, um médico que está realizando uma pesquisa rápida e inicial para depois poder se aprofundar, poderia utilizar o seguinte prompt: “Apresente um resumo dos estudos sobre os efeitos da vitamina D na prevenção da COVID-19”, e a IA filtrará, organizará e apresentará os dados de forma concisa.

O diagnóstico deve sempre ser realizado por um médico e neste caso, a IA somente pode servir como uma ferramenta de apoio, sugerindo idéias e insights que podem ser explorados pelo médico para que ele tenha uma visão inicial, mesmo que simples, com base nos sintomas apresentados. Por exemplo, inserindo o prompt “Paciente do sexo masculino, 52 anos, apresenta quadro com evolução de 3 semanas caracterizado por febre vespertina irregular de até 38°C, astenia intensa, tosse seca, dispneia aos médios esforços”, a IA pode sugerir algumas doenças relacionadas apoiando o médico que irá se aprofundar na sua investigação.

A IA generativa tem grande potencial para a medicina. Médicos da nossa região podem abraçar essa ferramenta, no entanto, é importante enfatizar que a IA, por mais avançada que seja, não deve substituir o julgamento clínico e a expertise de um médico qualificado. Elas não possuem o discernimento humano, a empatia e a capacidade de considerar nuances que só podem ser percebidas por um profissional treinado. Para as pessoas, é fundamental salientar que estas ferramentas não foram projetadas para diagnosticar ou tratar doenças por conta própria, somente o médico pode fazer isso.

Dica de hoje: você conhece o Bard? Ele é um grande modelo de linguagem do Google AI, treinado em um enorme conjunto de dados de texto e código de programação de computadores. https://bard.google.com

Verifique se este texto ou algum outro foi escrito por IA utilizando esta ferramenta online: https://www.zerogpt.com/

 

*Marcus Rogério de Oliveira é um renomado professor da Fatec de Taquaritinga, onde leciona desde 1995. Com um extenso currículo acadêmico, é Doutor em Biotecnologia pela UFSCar, Mestre em Ciência da Computação pelo ICMC-USP e Bacharel em Ciência da Computação pela Unoeste. Sua vasta experiência o tem levado a atuar em áreas como Banco de Dados, Desenvolvimento de Sistemas, Engenharia de Dados e Ciência de Dados.

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