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GUERRA DA UCRÂNIA – NOVOS RUMOS

Por Luís José Bassoli

Aparentemente, a “imprensa ocidental” relata uma visão distorcida da realidade da invasão russa na Ucrânia.

Já abordei as origens/justificativas da guerra, agora tentarei fazer uma análise da situação imediata:

1. Diferentemente do que se apregoa por aqui, não há uma “condenação mundial” à Rússia; na verdade, essa postura é restrita aos países da área de influência da OTAN, sob o comando dos EUA, como a Europa Ocidental, Canadá, Japão, Coreia do Sul e Austrália.

2. As potências militares da Ásia – China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte -, assim como países influentes, como Indonésia e Irã, ou apoiam a Rússia ou silenciam sobre a guerra.

3. Igualmente, isso se dá com as nações africanas, incluindo o Egito, que possui um sofisticado poderio militar; mesmo Israel, potência nuclear, arrefeceu nas críticas a Moscou.

4. As forças russas, utilizando cerca de 20% de seu poderio, praticamente já dizimaram o exército ucraniano.

5. A luta, então, está sendo travada, ainda que indiretamente, contra a OTAN, pois os combatentes ucranianos são treinados e armados com equipamentos entregues pela Organização, e seguem os protocolos de combate por ela adotados.

6. Dessa forma, o exército russo teria feito um “recuo estratégico” para atrair as forças ucranianas/OTAN aos territórios de Dombas (anexados à Rússia), para ali impor a derrota definitiva.

Nesta terça-feira (15/11), contudo, parece que o Kremlin fez um movimento “ousado” ao lançar mísseis/foguetes no território da Polônia, membro da OTAN, na fronteira com a Ucrânia.

A se confirmar a procedência desse ataque, a mensagem da Rússia poderá ser entendida como o anúncio de que a guerra haverá de ser estendida ao território europeu.

Restará esperar pela reação dos EUA (e da OTAN): construir um acordo de paz, capitular e obrigar Kiev a se render ou partir para o contra-ataque e assumir as consequências.

 

Luís José Bassoli é advogado e professor de Geopolítica do Colégio Objetivo.

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