Saúde

“Estamos vendo uma luz no fim do túnel, mas é preciso cuidado para não ficarmos no meio dele”, diz médico da UTI da Santa Casa de Taquaritinga (SP)

O número de mortes por Covid-19 está em queda em Taquaritinga/SP desde o mês de Julho, bem como a taxa de ocupação da enfermaria e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa, que tem o menor número de internados desde o início do ano. A vacinação avança e o cenário é otimista, mas a confirmação de novos casos ainda é diária e o número de pessoas em tratamento permanece estável. Afinal, o que podemos esperar da pandemia para os próximos meses?

Para o cardiologista e responsável pela UTI, Dr. Wilson Guimarães, a esperança pelo fim da pandemia precisa andar de mãos dadas com os cuidados e prevenção que tivemos até hoje. “A vacinação mostra que estamos no caminho certo, mas precisamos manter nossa responsabilidade com as medidas de prevenção para não retrocedermos. Estamos vendo uma luz no fim do túnel, mas temos que ter cuidado para não ficarmos no meio dele”, disse em entrevista ao Jornal Tribuna.

Segundo ele, os profissionais de Saúde temem pelas pessoas que estão depositando a responsabilidade do fim da pandemia somente no imunizante. Ter a certeza de que ele protegerá, integralmente, a saúde de todos pode fazer com que a população afaste os cuidados primários de higiene. “A vacinação é um importante meio para alcançarmos nosso objetivo, mas devemos focar na cessão do contágio. Ela é a principal arma, mas não a única. Precisamos ter a redução intensa de novos casos. A vacina não protege 100% e quanto maior número de vírus circulando, menor é sua eficácia, independente do imunizante. Só podemos controlar a pandemia com a vacinação e com baixa quantidade de vírus circulando”, esclarece.

Dr. Wilson Guimarães, cardiologista e responsável pela UTI da Santa Casa de Taquaritinga, Para o médico, a esperança pelo fim da pandemia precisa andar de mãos dadas com os cuidados e prevenção que tivemos até hoje

Até a última sexta-feira (20), 61.207 doses foram aplicadas no município. Quase 38% da população está com o esquema vacinal completo, considerando a aplicação de duas doses ou dose única. Quanto aos óbitos, o número caiu cerca de 45% em comparação ao mês anterior, segundo os boletins epidemiológicos. “Ainda que haja contaminação, já percebemos que a letalidade da doença está diminuindo. A vacina tem se mostrado efetiva na redução de casos graves, mas é preciso lembrar que, mesmo vacinados, podemos ser contaminados; ou seja, estaremos transmitindo a doença. Temos que ter a responsabilidade de não nos tornarmos vetores do vírus. É importante termos esperança, mas devemos avançar em um passo de cada vez. A vacinação é uma medida coletiva de controle da doença, não podemos esquecer das responsabilidades individuais. Esse é o caminho para termos prosperidade e voltarmos as nossas atividades com segurança”, finaliza.

 

 

 

 

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