DESTAQUEEsporteMais recentes

Esporte de Primeira

Por José Roberto Gaion

 

Dorival e as dificuldades na primeira Data Fifa

No último sábado (23) e na terça-feira (26), a Seleção do Brasil disputou dois amistosos contra seleções difíceis: Inglaterra e Espanha. O saldo da estreia de Dorival Junior acabou sendo bem positivo. Vitória diante dos ingleses, que já tem um trabalho a longo prazo e um empate contra a Espanha, com dois pênaltis a favor dos espanhóis marcado de forma equivocada. Mas, mesmo com as penalidades, podemos afirmar que a Seleção atuou melhor contra a Inglaterra e sofreu diante da Espanha.
Fizemos uma comparação em todas as posições entre ingleses, espanhóis e brasileiros, dos atletas que estavam disponíveis em suas equipes titulares e conseguimos levar vantagem na lateral esquerda com Wendell, no meio com Paquetá e na ponta esquerda com Vini Jr.
A comparação é feita para simplesmente mostrar a dificuldade que Dorival teve em sua primeira Data Fifa na qual deu chances para dez atletas estarem e fazerem seus primeiros jogos com a amarelinha. A dúvida agora é saber quem vai ser aproveitado para a próxima chamada, que além de dois amistosos, terá a Copa América pela frente.

 

Inglaterra – Espanha – Brasil

Pickford – Unai Simon – Bento: ainda acho que a experiência conta demais. E Pikford por estar na liga mais forte do mundo leva uma ligeira vantagem entre os arqueiros. Bento é o mais jovem dos três e pode ter ganho a oportunidade de ser o terceiro o goleiro, já que Ederson e Danilo ainda estão à frente.
Walker – Carvajal – Danilo: são três jogadores de altíssimo nível. Carvajal é o melhor deles. Danilo leva vantagem contra Walker. Porém, três atletas já acima dos 30 anos, que ainda fazem muito bem o setor defensivo, principalmente.
Stones – Le Normand – Fabrício Bruno: pela experiência e jogos importantes, o inglês é mais bola. Embora, no City, faça um papel mais a frente e Walker, aqui já citado fecha um zagueiro. Mas, enfim, não dá pra deixar Stones como não sendo superior a Le Normand e Fabrício Bruno. O espanhol assim como o brasileiro são alternativas que ambas as seleções buscam para tentar melhorar seus sistemas defensivos. Só uma observação. Aqui, Marquinhos em condição é o melhor que temos. O Brasil sofreu com um desfalque muito importante, cortado, dos dois jogos.
Maguire – Laporte – Beraldo: dos três, Beraldo tem tudo para ser mais jogador. No momento, mesmo na Arábia, o espanhol leva vantagem. Mas, a disputa é boa. Maguire em linha de três pela esquerda é muito bom, mas não atua assim há um bom tempo. Beraldo tem tudo para ser um dos melhores do mundo na posição. Mas, Laporte ainda está acima.
Chilwell – Cucurela – Wendell: o brasileiro é o melhor dos três na temporada. É a boa opção para o time canarinho. Mas a verdade que para seleções desse porte, os três ainda devem. Mas, Wendell é uma boa alternativa. É o que melhor chega ao ataque e o mais inteligente.
Rice – Rodri – Bruno Guimarães: três grandes jogadores. Que marcam e saem para a partida. Impossível não citar Rodri, o melhor do mundo na posição. Rice trabalha para ser um sucessor, assim como Bruno Guimarães. São três jogadores bons. Mas, o espanhol é mais bola.
Gallagher – Olmo – Paquetá: o brasileiro é o melhor deles. Gallagher vive um bom momento no Chelsa. Olmo joga até mais avançado no Leipizig, porém, Paquetá vive uma fase iluminada. Tanto que está sendo cogitado a defender o Manchester City na próxima temporada.
Bellingham – Fabian Ruiz – João Gomes: mesmo atuando mais avançado no Real Madrid, não tem como o melhor desse pacote não ser Bellinghan. Promissor, inteligente, da passes e faz gols. Fabian também tem um talento enorme, mas não é tão decisivo quanto o inglês. O mesmo ocorre com João. Nesse pacote é até desleal a comparação.
Foden – Yamal – Raphinha: o brasileiro foi a grande decepção dos dois jogos da seleção contra Inglaterra e Espanha. Porém, é muito bom jogador. Yamal tem apenas 16 anos e é sacanagem o quanto ainda tem para crescer de produção. Agora, Phil Foden já está no nível extra classe. Decisivo e importante é o que mais joga.
Gordon – Nico Williams – Vinícius Jr: na ponta esquerda, o inglês e o espanhol podem até um dia aspirar algo do tamanho de Vini, que hoje é um dos melhores pontas esquerdas do planeta. Verdade que foi abaixo também nas duas partidas, mas não dá pra não escolher o brasileiro como melhor.
Waltkins – Morata – Rodrigo: o inglês vive uma fase extraordinária. Rodrigo nem é nove. Morata é consistente. Mais hoje, quem joga melhor é Waltkins, que faz gols e ainda dá passes importantes. É decisivo na liga mais disputada do planeta.
Endrick e Andreas entraram muito bem nos jogos, mas a comparação foi realizada apenas com quem começou como titular. Agora é aguardar a próxima lista e ver dentro de campo o quanto o futebol brasileiro é favorito, pois exceto a Argentina, o Brasil tem o menor nível técnico.

Foto: Rafael Ribeiro

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *