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Como uma IA Generativa Pode Impulsionar Negócios Locais com Dados Especializados

Por Marcus Rogério de Oliveira*

A inteligência artificial generativa tem sido um assunto frequente em nossos artigos. E ela faz jus a toda essa nossa atenção, pois ela é realmente disruptiva e está causando grande impacto no mundo da tecnologia, comparável ao advento da internet. Muitos acreditam que essa tecnologia está acessível apenas para grandes empresas e centros de pesquisa. Mas, a verdade é que pequenos negócios locais, aqui em Taquaritinga, também podem se beneficiar da IA generativa, usando dados especializados próprios para treinar modelos personalizados e impulsionar os empreendimentos.

O primeiro passo para treinar uma IA generativa nossa, aqui de Taquaritinga, é reunir dados relevantes para ela. Isso pode incluir informações sobre clientes, fornecedores, tendências de mercado e até mesmo dados históricos sobre as empresas. A prefeitura e o poder público, de forma geral, também podem se beneficiar – em um contexto diferente, claro, mas dentro da mesma ideia. Assim, independentemente de seu objetivo, quanto mais dados tivermos, melhor será o treinamento do modelo.

Em seguida, precisaremos escolher uma plataforma de IA generativa adequada para o projeto. Existem várias opções disponíveis, desde soluções de código aberto como o Hugging Face até plataformas de nuvem como a Google Cloud AI Platform. Essas ferramentas oferecem APIs e interfaces relativamente fáceis de usar para treinar e implantar modelos de IA generativa.

Uma vez que tenhamos a plataforma escolhida, o próximo passo é preparar os dados para o treinamento. Isso pode envolver limpeza, normalização e rotulagem dos dados, dependendo do tipo de modelo que iremos treinar. Por exemplo, para gerar conteúdo personalizado para clientes, precisamos treinar um modelo de linguagem natural com base em dados de interações anteriores com os próprios clientes.

Depois que os dados estiverem prontos, podemos iniciar o treinamento do modelo. Dependendo do tamanho e complexidade dos dados, essa tarefa pode levar horas ou dias. Durante o treinamento, existem ferramentas para monitorar o progresso e ajustar os hiperparâmetros do modelo para obter melhores resultados.

Uma vez que nosso modelo esteja treinado, podemos começar a usá-lo para impulsionar os negócios de várias maneiras. Por exemplo, podemos gerar conteúdo personalizado para os clientes, como recomendações de produtos ou mensagens de marketing. A prefeitura pode usar uma IA generativa própria para automatizar tarefas, como responder às perguntas frequentes, atender a população ou gerar relatórios e estatísticas relevantes para tomada de decisões de investimento público.

Outro uso interessante da IA generativa local é a criação de protótipos de produtos ou serviços. Usando dados sobre preferências de clientes e tendências de mercado, é possível gerar ideias inovadoras e testá-las com o público-alvo antes de investir em seu desenvolvimento.

Claro, treinar uma IA generativa local nossa também apresenta alguns desafios. Um dos principais é a disponibilidade de dados de qualidade. Se não tivermos dados suficientes ou relevantes, o modelo pode não gerar resultados precisos ou úteis.

Outro desafio é a segurança e privacidade dos dados. Ao trabalhar com dados confidenciais de clientes ou negócios em geral, é necessário garantir que eles estejam protegidos e que nosso modelo de IA generativa não os use de maneira indevida.

Apesar desses desafios, treinar uma IA generativa local, própria de Taquaritinga e especializada em nossa realidade pode ser uma maneira poderosa de impulsionar os negócios e fazer nossa cidade se destacar cada vez mais na região e no Estado. Com a ajuda de dados especializados e ferramentas acessíveis, nossa cidade pode aproveitar o poder da IA generativa para criar, inovar e sair na frente das demais cidades. Então, por que não começar a explorar as possibilidades da IA generativa hoje mesmo?

 

*Marcus Rogério de Oliveira é um renomado professor da Fatec de Taquaritinga, onde leciona desde 1995. Com um extenso currículo acadêmico, é Doutor em Biotecnologia pela UFSCar, Mestre em Ciência da Computação pelo ICMC-USP e Bacharel em Ciência da Computação pela Unoeste. Sua vasta experiência o tem levado a atuar em áreas como Banco de Dados, Desenvolvimento de Sistemas, Engenharia de Dados e Ciência de Dados.

 

(Imagem gerada por Inteligência Artificial)

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