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Alunos da ETEC “Dr. Adail Nunes da Silva” criam projeto que dá destinação a máscaras descartáveis usadas

A pandemia causada pela Covid-19 trouxe sérios problemas relacionados à saúde e ao meio ambiente. Diante do impacto negativo que máscaras descartáveis podem causar ao meio ambiente, se descartadas inadequadamente, alunos da ETEC “Dr. Adail Nunes da Silva”, pensaram em criar um projeto que pudesse reaproveitar essas máscaras. Os alunos do curso de Química, Maria Eduarda Rogério de Oliveira, Larissa dos Santos, Rafael Teixeira de Aquino e Thaisa Camargo Soares, sob a supervisão das orientadoras Lais Coletto, Andreza Zambelli e Maria Leonor Beneli Donadon, desenvolveram um projeto que transforma as máscaras descartáveis em plástico altamente resistente. Através do uso de uma “mufla”, que é um forno elétrico que alcança altas temperaturas, as máscaras recolhidas por coletores espalhados no prédio da escola, são derretidas e transformadas em plástico, no formato de uma espécie de tijolo. O projeto dos alunos foi tão significativo cientificamente, que despertou o interesse da UNESP de Araraquara, que convidou os alunos dos cursos de Alimentos e Química para participarem do Congresso de Iniciação Científica e da Jornada Farmacêutica. Lá eles apresentaram o projeto desenvolvido, deixando os cientistas encantados com a ideia e o desenvolvimento científico dos alunos. Segundo a professora orientadora, Maria Leonor Beneli Donadon e a aluna Maria Eduarda Rogério de Oliveira, em entrevista ao programa “Microfone Aberto”, da Rádio Massa, comandado pelo jornalista Auro Ferreira, tudo começou com a necessidade dos alunos em criarem um tema para apresentação do TCC – Trabalho de Conclusão de Curso. Os alunos se basearam em um projeto realizado pelo designer coreano Haneul Kim, que decidiu apostar em um projeto para transformar os equipamentos de proteção individual (EPIs) em móveis de plástico. Kim montou uma caixa de coleta de máscaras na universidade em que estuda, na Coreia do Sul, e também reuniu mais de uma tonelada de máscaras com defeito de um fabricante local de EPIs. Ele então usou esse material para produzir os móveis. Para reduzir o risco de contaminação, o universitário manteve as máscaras armazenadas por no mínimo quatro dias antes de começar a manuseá-las. Primeiro, ele retirou os elásticos, depois colocou as máscaras branca, rosa, azul e preta em um molde e, usando uma pistola de ar quente, derreteu os acessórios em uma temperatura extremamente elevada. Foi dessa forma que ele criou bancos multicoloridos em plástico rígido e durável. Os alunos da ETEC seguiram o mesmo caminho no quesito segurança ao coletar o material com cuidado especial e técnicas de manuseio para evitar contaminações. O próximo passo é estudar onde aplicar o plástico resultante da experiência, que já está em pauta para a próxima pesquisa dos alunos do curso de Química da ETEC “Dr. Adail Nunes da Silva”, de Taquaritinga.

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