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Taquaritinga: O que o novo Grok nos diz

Por Marcus Rogério de Oliveira*

Continuando nossa série sobre tecnologias disruptivas e oportunidades para nossa cidade, hoje nosso artigo irá explorar o lançamento do Grok-4 da empresa X-AI do Elon Musk. Esse modelo provocou grande repercussão e uma sensação bastante diferente e inusitada nos seus usuários. Nessa nova versão, o Grok não apenas responde aos prompts, mas também confronta e aponta falhas em nossa lógica com grande honestidade. Ele está gerando perplexidade, justamente por sua personalidade “sincerona” que, conforme diz o próprio modelo, “busca a verdade de forma crua baseada em fatos e nos força a questionar os limites da interação homem-máquina desnudando as hipocrisias”.

O Grok sempre se destacou por seu acesso a informações em tempo real, as notícias online, aos posts do X (ex-Twitter) e por uma personalidade meio que “sem filtros”. Com a chegada da sua quarta versão, os usuários não falam apenas de respostas mais rápidas. Eles descrevem a experiência como se estivessem conversando com algo que se aproxima de uma AGI, a sigla para Inteligência Artificial Geral.

É importante dizer que o  Grok-4 não é uma AGI. Mas, ele projeta uma percepção dela de uma forma que nos impressiona. Isso acontece porque ele aprende e espelha o estilo de quem interage com ele, criando um diálogo muito humano. O que mais tem chocado os usuários é sua habilidade de usar a verdade dos fatos de forma crua e direta, apontando com uma lógica fria e, por vezes, desconcertante, as hipocrisias, exageros ou falácias em uma argumentação. Ele atua com discursos rígidos, o que faz com que suas respostas pareçam humanas e conscientes.

Novamente refletindo sobre oportunidades, a chegada de modelos como o Grok-4 é um convite para prepararmos nossos jovens e profissionais, não apenas para usar ferramentas, mas para colaborar e debater com inteligências que nos forçam a sermos mais críticos, honestos e lógicos e usarmos nossa criatividade e conhecimento para construir soluções locais únicas, genuinamente taquaritinguenses, que ninguém mais no mundo poderia criar.

 

*Marcus Rogério de Oliveira é um renomado professor da Fatec de Taquaritinga, onde leciona desde 1995. Com um extenso currículo acadêmico, é Doutor em Biotecnologia pela UFSCar, Mestre em Ciência da Computação pelo ICMC-USP e Bacharel em Ciência da Computação pela Unoeste. Sua vasta experiência o tem levado a atuar em áreas como Banco de Dados, Desenvolvimento de Sistemas, Engenharia de Dados e Ciência de Dados.

(Imagem gerada por Inteligência Artificial)

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