Esporte de Primeira por José Roberto Gaion
Botafogo e Fluminense conseguem encarar europeus
Grande vitória do Botafogo contra o melhor time do mundo, o PSG. Os comandados de Luiz Henrique desenvolveram uma forma de jogo, na qual ninguém pratica hoje no mundo. É algo simplesmente mágico, porém, como muitos sabem, o futebol não é uma ciência exata. Mais uma vez, esse esporte mostra ser muito competitivo, onde o mais fraco vence e o mais forte com mais frequência.
Vimos um Botafogo querendo resistir e conseguindo. Vimos um time totalmente defensivo. Não que seja errado jogar atrás da linha da bola, o método do treinador Renato Paiva foi uma arma para defender e surpreender o PSG.
Na coletiva, o próprio Luiz Henrique falou a respeito de que o Botafogo foi o time que melhor soube se defender atuando contra o time parisiense. Sem desculpas de arbitragem, sem desculpas do gramado, sem desculpas do horário do jogo, sem desculpas pelo fim da temporada. Foi uma vitória de um time que fez mais gols.
Até acho que poderíamos debater mais sobre a formatação do jogo do Botafogo. Essa semana já vimos o Fluminense de Renato Gaúcho dominar o Dortmund. Se ambos têm algo em comum, é o time moldado com um médio defensivo e mais dois médios à frente. A sensação de que perdemos muito tempo em tentar encontrar algo do qual nunca saberemos: aonde um time pode chegar jogando um campeonato que ele nunca irá disputar? É uma bobagem sem tamanho. Entretanto, dentro das quatro linhas, podemos dizer que tanto o Botafogo quanto o Fluminense jogaram com um médio defensivo e mais dois médios à frente, sem o camisa 10.
Ambos os times, de formas diferentes, saíram aplaudidos: um pela vitória, o outro pelo empate. A certeza no futebol dificilmente vamos ter, porém, o debate precisa ser melhor dirigido, assim evitaríamos achismos que acontecem diariamente, como nessa Copa de clubes e que acabam tirando um pouco o brilho das vitórias, pois, em sua grande maioria, esses resultados são vistos como algo inacreditável, um acontecimento, algo impressionante e pode ser definido apenas como trabalho.
Foto: Vítor Silva/Botafogo




