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DIREITO, JUSTIÇA, SEGURANÇA

Por Luís José Bassoli

Sou advogado há 25 anos, meu pai há mais de 50; meu avô foi Oficial de Justiça, entre advogados, juízes, delegados, são 11 operadores do Direito na família.

Na Universidade Mackenzie, tive a honra de ter sido aluno de grandes juristas: Wálter Maierovitch, Horácio Cintra, Marcelo Fortes Barbosa, Amador Paes de Almeida.

Advoguei em diversas Comarcas e incontáveis processos — jamais me deparei com um único juiz parcial, nunca presenciei conluio entre juiz e promotor para condenar/absolver ninguém.

RETROCESSO
Algo mudou – pra pior – com a Operação Lava Jato, capitaneada pelo ex-juiz e atual político Sérgio Moro e pelo ex-procurador e atual deputado cassado Daltan Dallagnol; pela primeira vez, vi magistrado mandar grampear escritórios de Advocacia e fazer “tabelinha” com Ministério Público para condenar sem provas.

ALÍVIO E ESPERANÇA
O STF reabilitou a Justiça ao desarticular a Lava Jato e declarar o ex-juiz Moro “parcial”; um alívio, a nutrir a esperança no Judiciário.

PREOCUPAÇÃO
A eleição de Tarcísio de Freitas para governador de São Paulo reacendeu a preocupação.

Tenente do Exército, Tarcísio atuou como Chefe de Engenharia da Força de Paz da ONU no Haiti (MINUSTAH), comandada pelo general brasileiro Augusto Heleno (ele mesmo, ex-ministro de Bolsonaro, envolvido na tentativa de golpe de Estado).

Em 2005, sob ordens de Heleno, soldados invadiram a maior favela do Haiti, Cité Soleil, e mataram 63 pessoas, sendo 20 mulheres.

Por solicitação da ONU, Lula substituiu Heleno pelo general Bacellar.

CARTILHA DA VIOLÊNCIA
Ao assumir o governo paulista, Tarcísio parece ter trazido consigo a “cartilha de guerra” empregada por seu comandante no Haiti.

O massacre da PM no Guarujá, no primeiro ano de mandato, teria sido um “alerta”: a operação foi descrita como “obtusa” por pesquisadores da Unicamp.

Dados do Ministério Público apontam o exorbitante aumento de 71% no número de mortes provocadas pela PM em 2024, segundo ano da gestão Tarcísio.

Na noite de terça-feira (19/11), um estudante de medicina, de 22 anos, foi morto por um policial militar, num hotel na Vila Mariana, zona sul da Capital.

POLICIAIS MORTOS
O Fórum de Segurança Pública mostra que o número de policiais que se suicidaram supera o dos que morreram em combate.

A função policial já é estressante, o ambiente de “violência extrema e banalizada” aumenta o impacto na saúde mental dos agentes, sobretudo nos de menor patente.

TAQUARITINGA: UM OÁSIS?
Felizmente, nosso município tem sido bem servido pelos órgãos de segurança; na presidência da Câmara, realizamos audiências públicas com o comandante da PM, Capitão Costa Curta, e producentes encontros com o Dr. Claudemir, Delegado titular da Polícia Civil.

As décadas de advocacia criminal me credenciam a afirmar que a absoluta maioria dos nossos policiais são profissionais respeitáveis, preparados para combater o crime com firmeza e proteger a sociedade sem transgredir a lei.

Nossa preocupação é com nossos filhos de Taquaritinga, que residem por todo estado – a cartilha da violência de Tarcísio não garante a segurança de ninguém.

(Com: ONUBrasil; SSP/SP; USP; Unicamp e agências).

Luís José Bassoli é advogado, graduado pela Universidade Mackenzie, formado pela Escola de Governo de SP, pós-graduado em Didática pela Unip, professor de Geopolítica do Colégio Objetivo, ex-professor de Comércio Internacional da FATEC e ex-presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga.

Foto: Bruno Santos/ Folhapress

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