Agentes Inteligentes em Taquaritinga
Por Marcus Rogério de Oliveira*
Você, que nos acompanha em nossa coluna semanal, leu aqui em edições anteriores sobre agentes de IA e como a chamada Agentic AI poderia representar uma grande oportunidade para criação de novas ferramentas de inteligência artificial. Você vai se lembrar também quando falamos que essa era uma tendência real e que logo poderíamos ter aplicações acessíveis disponibilizadas comercialmente para o público.
Pois bem, acertamos na previsão. Nesta semana, a OpenAI — criadora do ChatGPT — lançou um novo serviço baseado em agentes de IA iniciando a sua fase de exploração comercial. Essa ferramenta foi pensada para atender diretamente o mercado, com capacidade de adaptação e foco em resolver tarefas complexas.
Ao contrário dos sistemas determinísticos que executam comandos pré definidos num roteiro estático, os novos agentes de IA atuam de maneira mais autônoma, interpretando contextos, aprendendo com diferentes situações e sugerindo soluções para desafios reais. Eles são sistemas capazes de analisar dados, diagnosticar problemas, propor estratégias e agir de forma colaborativa e adaptativa lado a lado com especialistas humanos, se for necessário.
Como exemplo prático, imagine na agricultura um conjunto de agentes que, ao receber imagens ou relatos de produtores, detecta padrões diferentes em plantas, compara com bancos de dados científicos, consulta previsões climáticas e sugere hipóteses de causas, como por exemplo, o início de pragas, estresse hídrico ou alterações no solo. Em interações longas, os agentes reavaliam o resultado, aprendem com os novos dados gerados e ajustam suas recomendações. Toda essa ação completa dos agentes consistem em uma verdadeira análise contextual, com investigação e aprendizado contínuo, não uma mera automação de tarefas como num passo-a-passo.
Outro exemplo, no agronegócio um conjunto de agentes inteligentes pode monitorar continuamente as cotações de frutas em diferentes mercados, analisar tendências de preços e cruzar essas informações com dados de oferta e demanda. A partir dessa análise, os agentes podem sugerir o momento mais favorável para vender a produção, identificar compradores potenciais e até propor estratégias de negociação personalizadas para maximizar o lucro do produtor. Se as condições de mercado mudam inesperadamente, os agentes reavaliam a situação, ajustam as recomendações em tempo real e orientam o agricultor sobre as melhores alternativas para um resultado mais vantajoso.
Aqui em nossa cidade podemos criar ferramentas com a tecnologia Agentic AI específicas para nossa realidade, para desafios do nosso cotidiano e de nossas cadeias produtivas. Taquaritinga tem um grupo de empreendedores conectados, inspirados e comprometidos com o nosso desenvolvimento.
Com essa nova geração de tecnologias ao nosso alcance, temos as ferramentas certas para dar um salto tecnológico. Nós realmente valorizamos nossos talentos e por isso, transformaremos Taquaritinga em uma referência regional em inovação com oportunidades concretas para todos que vivem e investem aqui.
*Marcus Rogério de Oliveira é um renomado professor da Fatec de Taquaritinga, onde leciona desde 1995. Com um extenso currículo acadêmico, é Doutor em Biotecnologia pela UFSCar, Mestre em Ciência da Computação pelo ICMC-USP e Bacharel em Ciência da Computação pela Unoeste. Sua vasta experiência o tem levado a atuar em áreas como Banco de Dados, Desenvolvimento de Sistemas, Engenharia de Dados e Ciência de Dados.
(Imagem gerada por IA)




